A cada dois dias tentarei colocar um texto novo, para manter o interesse dos meus leitores e também algumas fotos para exemplificar alguns textos. Obrigada pelo apoio.

domingo, 5 de dezembro de 2010

A mãe da noiva

Os noivos na festa do casamento
              
             Adorei o filme “O pai da noiva”, com Steve Martin. Como recentemente passei pela experiência, resolvi escrever sobre as emoçôes e confusões de ser mãe de noiva, em dois textos: o primeiro, envolvendo os fatos “em volta” do casamento e o segundo, com os momentos emocionantes na igreja.
            Minha filha que mora nos Estados Unidos (trabalha como ortodontista) casou-se com um americano. O casamento civil foi nos States e o religioso em Uberlândia. Convite em inglês e em português. Os noivos só poderiam chegar na semana do casamento, com centenas de coisas para resolver. As confusões começaram já na viagem: a noiva veio e o noivo ficou para trás (ele tinha dois passaportes e só pegou o que não tinha visto para o Brasil). Ficou no meio do caminho, na conexão do voo em Chigago. Uma hora de atraso do avião, para retirar as malas do noivo. A noiva chorando e o tio do noivo enxugando suas lágrimas, com 180 passageiros do avião acompanhando o drama. O noivo passou três dias em Chigago tentando visto e passagens (sem roupas, pois as malas extraviaram).
            Assim, perderam o curso de noivos. E sem ele, não tem casamento. Conseguiu-se um de emergência, de apenas uma noite. Depois, começaram a chegar os americanos, amigos e parentes do noivo (vieram 16). Mais malas perdidas e roupas compradas às pressas no Brasil. Um calçava número 48 e ninguém encontrou sapato para ele. Confusão de inglês, português, espanhol e portunhol. O Silveira, coitado, era o motorista da Van de 15 lugares que contratei para o translado dos americanos para os vários lugares. Ele não falava nadica de nada de inglês e os americanos, apenas “obrigado” em português. O Silveira terminou a “turnê” jurando que ia aprender inglês.
            Amigos e parentes da noiva chegando de todo lado. Muitos no hotel, 23 na minha casa, colchões e confusões. Almoço dois dias em casa, com pernil, tutú e couve: confraternização de 50  brasileiros e americanos (parecia a Torre de Babel). O ensaio na igreja (todos fazendo tudo errado), presentes e telegramas, torcida para não chover. O aluguel do carro antigo para transportar a noiva (mas ela queria mesmo era chegar de lambreta no casamento).
            Hora do casamento na Igreja Nossa Senhora do Caminho. Depois, as fotos na praça com a irmã fotógrafa e a festa na chácara. No caminho, aconteceu um fato engraçado: ensinei o caminho errado para o meu marido e meu irmão. Nos perdemos, à noite, com seis americanos. Disse para eles: “Sorry, we are lost”. Exclamações, espanto, olhares amedrontados. Vacas e cavalos no caminho, com olhinhos brilhando no escuro. Devem ter pensado que estavam no fim do mundo. O pior é que fui eu quem fez o mapa do caminho! Confundi o nome das ruas, troquei Quarto de Milha por Mangalarga, tudo é nome de cavalo. Fomos os últimos a chegar na festa.
            Depois, as felicitações, a alegria, a mesa do bolo com doces cristalizados. O clip com os momentos importantes da vida dos dois. Pessoas dançando, sorrindo , comendo e bebendo. A decoração com muitas flores, a música gostosa e nostálgica, a felicidade dos noivos.     
      No final, tudo deu certo. E como na música de Roberto Carlos, “o importante é que emoções eu vivi.”

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