A cada dois dias tentarei colocar um texto novo, para manter o interesse dos meus leitores e também algumas fotos para exemplificar alguns textos. Obrigada pelo apoio.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Enfim, casados

Noiva entrando na igreja

Noivos na festa
         
Em maio passei pelas experiências de “mãe de noivo”. Parece mais fácil do que ser “mãe de noiva”, mas nem tanto. Começou com a lista de convidados, com aquele receio de ficar alguém de fora e esse alguém nunca perdoar. Depois, a escolha dos ternos para o noivo, que nunca tinha tempo (ele é médico), para o pai, que tem a barriga grande, para o filho adolescente, que detesta terno e para os nove pequeninos que seriam os pagens. A seguir, os preparativos para receber os convidados de outras cidades. No final, 24 pessoas dormindo e comendo em casa,  cerca de 30 no hotel e uma confusão generalizada.
No sábado do casamento, almoço em casa para 50 pessoas (strogonoff, batata palha e arroz). Abandonei a balbúrdia e fui para o salão tentar me embelezar. Depois da maquiagem, pensei que eu não era eu (uma amiga, quando me viu na igreja, perguntou se eu tinha feito plástica).
O casamento aconteceu às 19h na Capela N. S. das Dores. Uma hora antes, um pandemônio aqui em casa, até todos se aprontarem. A idade dos participantes variava de 20 dias (a netinha Yara) a quase 70 anos. Os netinhos bravos, se enroscando nos terninhos com colete e gravata (o Yuri, que mora na praia, sentiu-se tão pesado com o paletó que caiu prá frente, de boca no chão). Para complicar mais, o fecho do vestido da norinha estragou. Desespero geral. Tentou-se de tudo e nada. A filha então arrancou do corpo o seu vestido azul turquesa drapeado e emprestou para a norinha. Saímos atrasados, eu com meu vestido cor de uva de uma alça só.  
Na tradicional cerimônia, momentos marcantes. Ao som do violino, entraram os pajens Pedro e Marina, levando a bíblia e o terço. O noivo, Paulo Márcio, e eu entramos sorrindo, ao compasso da música “Tudo o que se quer”. A seguir, a mãe da noiva com o Zé, meu marido, num imponente meio-fraque (prá todo mundo que o elogiava, ele contava: “é tudo alugado”). Entraram os elegantes padrinhos e o último par, meu irmão e esposa, chegaram atrasados porque ela estava tentando costurar o bendito fecho. Em seguida, entrariam os gêmeos idênticos, de três anos, com as daminhas, ao som de “Aquarela”. Mas eles abandonaram as daminhas e entraram de mãos dadas.
No auge da cerimônia, as portas da igreja foram fechadas. Quando abriram, o coral cantou “Hasta mi final” e entrou a noiva, Camila, deslumbrante, com um longo véu e de mãos dadas com a mãe, que estava em lágrimas num majestoso vestido  dourado.
Na benção das alianças, os pajens “empacaram” e não entraram. Somente o Lucas chegou ao altar, com as alianças no cestinho e um sorriso produzido. O celebrante fez um sermão eloquente, ressaltando o amor e a fé. Nas preces da comunidade, vários amigos falaram ao microfone. A noiva jurou amor eterno e o noivo agradeceu a ela por aquele momento. Assinaram o livro ao som da música “Como é grande o meu amor por você”. Tudo muito lindo.
Depois, a festa. Mesa de frios e bombons (que desapareceram como por encanto),jantar, torta holandesa e merengue de morango. Música animada e muita gente dançando. Entrou uma escola de samba, com mulatas rebolando e alguns homens se assanharam (teve marido se desculpando com a esposa usando as rosas vermelhas da decoração). Por último, um grupo de pagode. A noiva subiu ao palco e soltou a voz. O noivo, já bem descontraído, fez várias vezes o mesmo discurso, agradecendo a presença das pessoas “que vieram de tantos lugares e sei lá de onde”. Alegria e descontração geral.
Enfim, estão casados. Que sejam felizes para sempre. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário