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terça-feira, 19 de abril de 2011

Perigos do dia a dia


Circula na internet um texto bem humorado de uma pessoa que recebeu centenas de emails avisando sobre os perigos diários que rondam o cidadão comum. Cita vários exemplos de como isto mudou sua vida, como: não usa mais o caixa eletrônico, com medo de que colem um adesivo amarelo em suas costas e o assaltem na próxima esquina. Não bebe mais coca cola, pois um cara caiu no tanque da fábrica e ficou todo corroído pelo ácido. Não usa mais desodorante, pois causa cancêr de mama, e então está fedendo como gambá. Não vai mais ao cinema, com medo de se sentar em uma poltrona com agulha contaminada pelo vírus da AIDS. Não come mais sanduiche Big Mac, pois é feito com carne de minhoca com anabolizante. Não atende mais o celular, pois pode escutar algum analfabeto dizendo que sequestrou sua filha. Não come mais carne de frango e chester, pois eles tomam muito hormônio feminino, são alterados genéticamente e estão com oito coxas e seis asas. Não toma mais refrigerante em lata, com medo de morrer de leptospirose por causa do xixi do rato. E por aí vai.
A esta lista , é possível acrescentar muitas outras. Esta semana mesmo recebi um email sobre os perigos do alumínio. Explica que, se o cabelo estiver caindo, pode ser culpa do alumínio (uai, mas cabelo cai mesmo...).O alumínio das panelas contamina a comida e causa anemia, anorexia, alterações ósseas, Alzheimer. Além disto, nas latinhas de refrigerante e cerveja, além do alumínio, encontram-se 12 metais altamente perigosos: o cádmio, que causa psicose; o chumbo, encontrado no organismo de muitos assassinos e o manganês, que causa o mal de Parkinson. Cruzes, parece filme de terror. Agora, estou pensando em jogar fora todas as minhas panelas de alumínio (mas uma que tem 45 anos e foi da minha mãe, nunca)e usar panelas de barro, pois as de ferro, pelo jeito, também devem causar mil e uma doenças.
Além destes perigos todos, existem  outros que nos rondam e somos enganados sem perceber. Como há tempos atrás, quando apareceram duas mulheres na minha porta, com uma penca de meninos, dentes e brincos de ouro, saias esvoaçantes e coloridas. Vendiam correntes de ouro, grossas e de fios trançados. O preço era tentador e aceitavam ofertas. Para provar que eram de ouro mesmo, colocaram uma corrente dentro do líquido da bateria do carro. Explicaram que, se fosse falsa, a corrente ficaria escura (a esta altura, já havia um público considerável em volta da demonstração). A corrente continuou amarela e com aquele brilho faiscante de ouro. Comprei duas correntes e completei o dinheiro com o cobertor de estimação do meu filho, que ficou furioso. Uma vizinha, entusiasmada, trocou o seu anel de formatura, com uma esmeralda grande e pequenos brilhantes, por duas correntes. Depois, a decepção: o joalheiro examinou e concluiu que não valiam nada. Procuramos as mulheres por todo lado, mas desapareceram.  Descobrimos que muitas outras pessoas foram ludibriadas por elas e pedi  à TV local para fazer um alerta à população. Queriam gravar uma reportagem comigo, mas me neguei a aparecer em público (a vizinha do anel também). Tinha feito papel de idiota e ainda ia aparecer na TV? Mas preparei as correntes em cima de uma cadeira, forrada com veludo vermelho, e a equipe filmou. Assim,  fica o aviso:  “nem tudo que reluz é ouro” e “as aparências enganam”. 

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