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sábado, 10 de dezembro de 2011

Roma eterna

Escultura Pietá, de Michelangelo, na Basílica de São Pedro


Papa Bento XVI falando para a multidão

Eu na Praça São Pedro, com vista da basílica ao fundo

      Na viagem à Europa, visitamos várias cidades. Cada local com seus encantos e tudo dividido em antes de Cristo e depois de Cristo.
Passamos pelas terras onde, dizem, aconteceu o romance entre Romeu e Julieta, as aventuras do Dom Quixote de la Mancha, a história do galo de Barcelos. Em Lisboa, a Torre de Belém, o bacalhau delicioso e o fado (um pouco enfadonho). Túmulos de pessoas famosas, como do Vasco da Gama e do Camões (um pouco fúnebre). Em Fátima, a emoção de  acender velas para Nossa Senhora. Em Madri, a Praça dos Touros, os palácios, muita gente nas ruas, a dança flamenca. Toledo, a cidade medieval, com muitas histórias, muralhas e pontes. Em Barcelona, o inacreditável templo da Sagrada Família, do arquiteto Gaudi, iniciado em 1882; o famoso presunto “jamón de bellota”, caríssimo, do porquinho de patas negras, criado comendo castanhas. Em Mônaco, as casas nas encostas, o mar muito azul, a troca de guardas na frente do palácio. Em Veneza, o encanto dos pequenos canais, das centenas de lojas, do passeio de gôndola e dos pombinhos na praça San Marco. Em Florença, esculturas fantásticas em mármore, como a do herói bíblico Davi, de Michelangelo, com 5m de altura.
          Por fim, depois de muitas fotos e de muito abrir, fechar e carregar malas, entrar e sair de hotéis, confusões com trocas de quartos, dramas para pegar metrô e medo dos larápios surrupiarem nossas bolsas, chegamos a Roma, a cidade eterna.
      A visita começou no ônibus da excursão, com a guia italiana explicando em espanhol. Do alto de uma colina, avistamos Roma. Lá estava a estátua da loba amamentando Rômulo e Remo, representando a origem da cidade, no século VIII a.C. Passamos por várias ruínas do tempo dos césares e do império romano: a muralha Aureliana; a pirâmide revestida com mármore branco; as Termas de Caracalla, onde se banhavam até 2000 pessoas; a Via Apia, por onde passavam os imperadores depois de uma vitória; o circo Massimo, onde aconteciam corridas de biga; o Arco Triunfal de Constantino, copiado por Napoleão em Paris; o Palácio dos Imperadores; as ruínas dos aquedutos; o grandioso Coliseu, o maior monumento da antiga Roma, com 80 arcos em mármore; as colunas do templo de Vênus; o lindo Monumento Vitoriano na praça Venezia; o templo de Hércules, igrejas e mais igrejas. Caminhando pelas ruas de Roma, conhecemos a linda Fontana de Trevi, a praça Navona, com a fonte  do deus Netuno; o Pantheon, um templo redondo hoje transformado em igreja; o rio Tibre, com suas  pontes e esculturas; o bairro Trastevere, com seus restaurantes convidativos. Mas o deslumbrante mesmo foi o Vaticano: a imensa praça de São Pedro, circundada por 284 colunas e 140 estátuas de santos;  a Basílica de São Pedro, a mais majestosa igreja do mundo, com a escultura de Pietá, o túmulo de João Paulo II, o corpo embalsamado de João XXIII, o altar dourado, a cúpula com 136m de altura. O palácio e o museu. A emocionante capela Sistina, com pinturas com passagens da bíblia, como o Juízo Final, pintado por Michelangelo, com 375 personagens, todos nus (mas o papa Júlio II chamou outros dois pintores e mandou pintar um paninho nos órgãos genitais de todos eles).
Coroando tudo, no domingo, ao meio dia, o papa Bento XVI apareceu na sua janelinha para uma multidão na praça de São Pedro. Falou em várias línguas, ressaltando a caridade como o caminho da salvação, agradeceu a presença e abençoou a todos, inclusive a mim. Agora, posso morrer em paz.

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