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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Peripécias de uma viagem

A turma em Mônaco, na frente do palácio: Vicente, Maria Luzia, Lourdinha, a guia espanhola, Marta, eu, Zé e Fá.


Os personagens principais, em Lisboa: Vicente, Zé e Fá

            Recentemente fomos, um grupo de sete pessoas, conhecer algumas cidades de Portugal, Espanha e Itália. No grupo, o meu irmão Fá (apelido carinhoso), um homenzarrão de coração bondoso, na sua primeira viagem ao exterior, e o Vicente, compenetrado e bem vestido, irmão gêmeo do meu marido e que nunca andou de avião (foi corajoso, entrou direto em um Boeing 747, num voo de 12 h).
            As confusões começaram já no aeroporto de Uberlândia, no check- in. O Zé, meu marido, levou tudo na bagagem, menos o passaporte. Pensou que eu tinha levado para ele (claro, a culpa é sempre minha). O avião quase saindo, o resto da turma esperando em Guarulhos-SP, os euros de todos na sacolinha do Zé, o último voo para chegarmos a tempo. Nesse contexto dramático, o filho, que tinha nos levado ao aeroporto, voltou em casa comigo, a mil por hora, para procurarmos o passaporte. Rezei para todos os santos e encontrei-o no fundo de uma gavetinha. Fomos os últimos a embarcar no avião e o Zé escapou de um ataque cardíaco.
            Já em Guarulhos, o Fá chegou de um voo de Belo Horizonte e pegou a mala na esteira. No momento de despachá-la, a alça, que tinha uma fitinha verde, arrebentou e a mala caiu com tudo. Catou a mala e fez o check-in. Lá fomos nós para a escala em Frankfurt, o maior aeroporto da Europa. Depois da aterrissagem, entramos em um ônibus moderno que nos conduziria para perto do portão de embarque. Parece que o Vicente pensou que o ônibus era um corredor, pois entrou por uma porta e saiu pela outra. Com uma multidão de pessoas entrando e falando em todas as línguas, ninguém percebeu. De repente, a esposa viu-o parado na plataforma, segurando firme sua mochilinha. Ela gritou e o Vicente entrou pela porta da frente. Se ficasse ali, adeus Vicente.
            Enfim, chegamos ao hotel Marriot, em Lisboa. O abriu a mala para tomar um banho relaxante e soltou um palavrão. Não era a sua. Estava cheia de chinelinhos de crianças, shorts pequeninos, bonés, chapéus de praia e um saquinho de remédios. Entrou em desespero e fui ao quarto socorrê-lo. Concluímos que a mala que ele despachou em SP era mesmo aquela, pois estava com a alça quebrada, com a fitinha verde e com o seu nome. Ou seja, ele pegou a mala de outra pessoa na esteira, quando chegou de BH. Depois de vários telefonemas e muito drama, descobriu-se a dona da mala e também a mala do Fá, nos achados e perdidos da TAM. Desistimos de pedir o envio da mesma, compramos algumas roupas para ele e carregamos a “mala dos meninos”, como passou a ser chamada, durante toda a excursão.
            Nessa mesma noite da chegada, na salinha de informática do hotel, roubaram minha bolsa nova, com apenas a caixinha dos óculos dentro (lá os ladrões são sofisticados, fingem que são hóspedes e roubam bolsas, até nas mesas do café). Enquanto estava espantada, surgiu o Fá, mais espantado ainda. Contou que, passado o susto da mala, foi tomar banho. Apoiou-se na alça de metal da banheira para não escorregar, ela quebrou e ele levou o maior tombo. Fomos dormir correndo, antes que acontecessem mais tragédias. O Fá tomou um remedinho da mala dos meninos, para dor de cabeça, escovou os dentes com o dedo e dormiu.
            Bem, isso foi apenas o começo. O dia seguinte começou com a Lourdinha, amiga da minha cunhada, levando um tombo na escadaria do hotel, daquele tipo que só acontece em filmes.
Mesmo com muitas confusões, chegamos até Roma e realizei meu sonho, conheci a cidade eterna. No próximo texto, escreverei sobre ela.







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