A cada dois dias tentarei colocar um texto novo, para manter o interesse dos meus leitores e também algumas fotos para exemplificar alguns textos. Obrigada pelo apoio.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Um enigma chamado mulher






            Em uma loja, encontrei uma mulher jovem, vestida de maneira simples, carregando nos braços uma menina de cerca de seis anos, com deficiência física. Os bracinhos muito finos e as pernas tortas, a cabeça tombada para o lado, os olhos perdidos, o vestido da moda, estampadinho de flores. A mãe envolvendo-a com firmeza e carinho, carregando-a por todo lado, enquanto separava algumas roupas para levar no caixa da loja.
            Fiquei então pensando na grandeza daquela mãe, uma mulher de verdade. E resolvi escrever sobre as mulheres: Marias, Terezas, Patrícias, Antônias. Mulheres que fazem de tudo: lavam, passam, cozinham, pintam, arrumam armários, limpam geladeiras, juntam roupas e brinquedos, carregam compras, colocam flores nos vasos, fazem malabarismo com o orçamento doméstico. Ensinam o filho a andar e a falar, a deixar a chupeta, a não brigar com os irmãos. Beijam, abraçam, contam histórias, colocam de castigo, puxam as orelhas. Levam e buscam o filho na escola, ensinam os deveres e os valores morais. Passam noites acordadas, esperando o filho adolescente chegar. Conhecem os medos e os sonhos secretos de cada um. Trabalham fora o dia todo e ao chegar em casa, encontram a família faminta de comida e de amor. Dançam, cantam, se apaixonam muitas vezes, nem que seja pelo mesmo homem. Outras trocam de amores, pois concluem que o amor é eterno, o que muda são os amantes. Sofrem e choram às escondidas, mas enxugam as lágrimas quando percebem uma luz no fim do túnel. São capazes de rir até às lágrimas lendo histórias em quadrinhos da Mônica e do Cebolinha. E também de se derreterem em lágrimas assistindo novelas e filmes românticos. Capazes ainda de grandes gestos de abnegação e de amor, como passar toda uma vida cuidando de filhos deficientes. Misto de força e ternura.
            Enquanto umas lavam roupa para fora, outras preparam aulas, operam pacientes, dirigem empresas, varrem as ruas, pilotam aviões. Tropeçam nas pedras ao longo do caminho e caem, mas levantam, sacodem a poeira e dão a volta por cima. E entre uma coisa e outra, se depilam, se maquiam, passam cremes, fazem dieta, malham, compram roupas novas. Querem ser bonitas.
            Tentando entender as mulheres, vários autores escrevem livros sobre o assunto, como: “Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?”, de Allan e Barbara Pease. Os autores comparam homem e mulher, utilizando a Biologia Evolutiva e pesquisas sobre o cérebro humano. Citam fatos interessantes do comportamento feminino, como: as mulheres nunca chegam aos lugares certos pelo caminho mais lógico, pois não tem habilidade espacial como o homem. São capazes de perceber uma meia suja no chão à distância, mas não enxergam a luzinha vermelha do motor do carro piscando. Adoram manter contato e tocar nas pessoas, mas não gostam de quem “gruda”. Possuem um sexto sentido capaz de entender a linguagem dos bebês, prever fins de relacionamentos, conversar com animais, descobrir a verdade. O cérebro feminino é programado para ouvir choro de criança à noite e para fazer várias coisas ao mesmo tempo: lê, fala e ouve, enquanto o homem só faz uma. Falam mais que os homens, pensam em voz alta, tem mais facilidade de se comunicarem. São mais resistentes à dor.
            Enfim, a mulher está colocada onde começa o céu.  

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