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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Viajando pela Europa- Parte 1



 

             Neste último mês de julho, fui com um filho, norinha e dois netos para Paris. Lá nos encontramos com a minha filha, dois netos e outro filho. Formado o grupo de nove, começaram as peripécias, os aprendizados, as andanças sem fim. Andamos de avião, ônibus, metrô, Uber, táxi com motorista do lado direito , do lado esquerdo, trem comum, trem a 300 km por hora e debaixo do mar, a pé puxando malas, a pé sem puxar malas, subindo escadas e puxando malas. É preciso ter saúde e preparo físico.  Entre uma andança e outra, eu pensava na maravilha da invenção das rodas: e se não existissem malas de rodinhas?

Foram 18 dias viajando.  Em Paris, a emoção do passeio de barco no rio Sena, o Museu do Louvre com tantos quadros e esculturas impressionantes, a catedral de Notre Dame , que leva os visitantes ao assombro  com tanta beleza, arte e fé. A torre Eiffel, com seus 330 m de altura, encantando a todos com sua arquitetura ousada. A Basílica de Sacré-Coeur, de onde é possível, do alto de seus degraus, contemplar  Paris inteira; e nos seus arredores, apreciar os pintores desenhando com maestria o rosto das pessoas.  As lojas sofisticadas, com objetos de última geração, como os óculos inteligentes Ray Ban Meta, capazes de ouvir e traduzir várias línguas em tempo real. Em Strasbourg, uma pequena cidade francesa, a monumental Igreja de Notre Dame, que levou 500 anos para ser construída; o canal rodeado de trilhas e flores, as pontes cheias de cadeados dos enamorados, o centro “Petit France”, charmoso com seus restaurantes debaixo das árvores .

Na Alemanha, ficamos em Freibourg, na região da Floresta Negra, e visitamos pequenas cidades medievais, cada uma com seu encanto. Colmar, por exemplo, a pequena Veneza, com seus canais, onde era possível dar uma volta de barquinho por 8,50 euros. Ou saborear um joelho de porco, “haxe vom Schewein’ por 19,90 euros.

Na Inglaterra, visitamos Londres, uma cidade vibrante onde o velho e o novo convivem em harmonia.  A tradição na troca da guarda no Palácio de Buckingham contrastando com a modernidade dos pubs com pessoas bem vestidas bebendo cerveja no final de tarde. Pessoas de todas as nacionalidades andando pelas ruas, principalmente indianos e chineses. O metrô, imenso e bem cuidado, onde se sente a vida colorida e pulsante, com milhares de pessoas apressadas nos corredores imensos e nos trens apinhados e pontuais. O fascinante Museu do Bunker do Churchill, subterrâneo, construído durante a Segunda Guerra Mundial, para resistir a bombardeios e onde foram tomadas importantes decisões para o futuro da Europa. Mostra a trajetória política de Churchill, seus discursos marcantes, seus hábitos, sua liderança. É dele a frase, quando os aliados Rússia e Estados Unidos entraram na guerra: “Pior do que ir para uma guerra com aliados, é ir para uma guerra sem eles”. O Museu de História Natural, onde é possível ficar horas e sair com aquela sensação de quero mais. Invertebrados, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos em profusão. Identificados, bem taxidermizados e conservados.  Fósseis de dinossauros enormes.  No hall de entrada, em destaque, o gorila mais amado, o Guy, que tem importância cultural e científica. Ele nasceu no zoológico de Paris e vivia no zoológico de Londres, onde morreu em 1978 de ataque cardíaco quando fazia tratamento dentário. E na ala da evolução humana, um banho de cultura, despertando curiosidade e deixando várias perguntas sem respostas. No Museu da Ciência, cinco andares de maravilhas.  A primeira máquina a vapor, a evolução das máquinas; modelos e material didático sobre energia elétrica, eólica, nuclear, aquecimento global. Inúmeras réplicas de aviões primitivos e as histórias dos aviadores; turbinas e hélices gigantes dos aviões modernos. Um andar inteiro levando as pessoas a pensarem na pergunta : “Quem sou eu?” . O pior é que a gente pensa tanto, analisa, interage e sai de lá sem saber...

Em Londres, vale ressaltar ainda o Boroughs Market, com o burburinho da multidão procurando comida de todo tipo. Gônadas de ouriço do mar, paella, pepino do mar tostado, ostras gosmentas, 50g de caviar de beluga por 150 libras esterlinas (a cotação da libra estava a R$7,30; será que alguém compra?). E a London Eye, a roda gigante de onde se olha a placidez e a beleza do rio Tâmisa, ladeado por construções antigas e imponentes. 

Enfim, foram muitas as emoções e aprendizados. Valeu por tantos momentos em família, pelas risadas gostosas das primas que vivem tão longe, pelas fotos bonitas em tantos locais diferentes, pelo prazer de aprender “in loco” algo mais sobre o velho continente, pelo privilégio de poder viajar quando tantos não têm nem o que comer...   

 Mas bom mesmo é o Brasil.  Quando cheguei no meu lar, doce lar, lembrei-me da minha finada mãezinha: ela sempre beijava a porta da casa quando voltava de uma viagem. Beijei também.

No próximo capítulo, contarei sobre alguns momentos e cenas interessantes da viagem.

 


 

 

 

                       

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